Torna-te quem tu és! Budismo

imagem: caligrafia japonesa sobre Bodhidharma (metáfora fundamental do Zen sobre o cerne de sua prática), lê-se: “O Zen aponta diretamente para o coração humano, vê sua natureza e o transforma em Buda”. Foi feita por Hakuin Ekaku (

1685 a 1768)

Budismo

Criado na Índia pelo príncipe hindu SIDARTA GAUTAMA, o BUDA(iluminado, em sânscrito).

A origem do budismo está no hinduismo, religião na qual BUDA é considerado a nona encarnação ou avatar de Vishnu.
PRINCÍPIOS - Os ensinamentos do BUDA têm como base o preceito hinduísta do sansara, segundo o qual o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após cada morte e a enfrentar os sofrimentos do mundo. Os atos praticados em cada reencarnação definem a condição de cada pessoa na vida futura, preceito conhecido como carma. BUDA ensina a superar o sofrimento e atingir o nirvana, evolução e aprimoramento total do espírito que aniquila os fatores humanos e permite ao homem encerrar a corrente de reencarnações.
Sua doutrina é baseada em quatro verdades. As três primeiras são relacionadas entre si: a existência implica dor, a origem da dor é o desejo e a ignorância, a superação da dor só é possível com o fim do desejo e da ignorância. A quarta verdade prega que a remoção da dor pode ser alcançada por oito caminhos: compreensão correta, pensamento correto, palavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação corretos. Dos oito caminhos, a meditação é considerada a chave para atingir o nirvana.
BUDA também define cinco preceitos morais, chamados Panca Sila, essenciais para reger a vida atual e melhorar o carma da vida futura. O primeiro deles é não magoar os seres vivos, pois todos são reencarnação do espírito. Em razão desse preceito, muitos budistas se tornam pacifistas e adotam uma dieta vegetariana. Os demais são não roubar, evitar má conduta sexual, evitar declarações indignas, como mentir, caluniar ou difamar, evitar drogas e álcool.
BUDISMO HINAYANA (em sânscrito Pequeno Veículo) ou THERAVADA - É a forma mais antiga dessa religião, praticada principalmente nos países do sul da Ásia, como Sri Lanka, Mianmar, Camboja, Laos e Tailândia. Os seguidores dessa corrente acreditam na busca do nirvana dentro de uma ordem monástica e rejeitam o conceito de bodhisattva do Budismo Mahayana.
BUDISMO MAHAYANA (em sânscrito, Grande Veículo) - Surge no século II a.C como uma evolução da escola Hinayana. O Mahayana considera que, embora a aspiração final do ser humano seja o nirvana, o sábio que já o alcançou, chamado de bodhisattva (futuro Buda), pode e deve adiar sua morte e libertação do samsara, para dedicar-se a ensinar aos outros o caminho do nirvana, por compaixão aos demais seres humanos. Fazem parte dessa corrente duas das escolas budistas mais conhecidas no Ocidente, o budismo tibetano e o zen-budismo. O budismo tibetano surge no fim do século VIII, da fusão das tradições budistas e hinduístas com a primitiva religião do Tibet. Seu chefe espiritual, o dalai-lama, é considerado um bodhisattva. O zen-budismo nasce na China, no sáculo VI,e difunde-se, sobretudo, no Japão, a partir do final do século XII. Baseia-se na prática da meditação e nos exercícios de postura e respiração. Acredita-se que o corpo é dotado de uma sabedoria própria que deve nortear a vida cotidiana. (fonte:www.crencasecrendices.hpg.ig.com.br/budismo.htm)

Zen Budismo e Budismo Tibetano

O Zen Budismo é a forma mais praticada no Japão. Consiste na busca da iluminação através do autoconhecimento, pratica do autocontrole, disciplina e simplicidade. Difere do Budismo Tibetano, basicamente, porque procura reduzir ao máximo o estudo de escrituras sagradas. O Zen Budismo sempre foi relacionado com as artes marciais, pois estimula o desenvolvimento de uma mente autoconfiante e corajosa, contribuindo em muito para a maturidade espiritual. Procura conscientizar as pessoas e despertar nelas a urgência de se fazer um planeta melhor social e ecologicamente e tenta mostrar como cada um tem o poder de fazer, com pequenas atitudes, sua parte.
É de Mestre Doguen a autoria de uma das frases que melhor sintetizam o que é o zen-budismo: "Estudar o zen é estudar a si mesmo. Estudar a si mesmo é esquecer de si mesmo. Esquecer de si mesmo é estar uno com todas as coisas". A prática desta linhagem do budismo exige muita meditação e silêncio. As teorias e os ensinamentos não são explicados e, sim, sentidos com o aprendizado conseguido pela experiência pessoal - mais do que com uma percepção coletiva.